O Conselho Diretor da ANATEL aprovou hoje, 17 de dezembro, a venda da unidade de fibra da Oi (ClientCo) para a V.tal.
A ClientCo, unidade da Oi que integra o negócio de fibra da companhia, era um dos ativos previstos para venda no plano de recuperação judicial (PRJ) aprovado e homologado pela justiça. Em leilão, a V.tal apresentou a única proposta de compra num negócio no valor de R$ 5,68 bilhões, que não envolve pagamento em dinheiro, envolvendo troca por dívida e o aumento da participação da Oi na V.tal para 27,5%.
Detalhes da Transação
A oferta de compra da V.tal à Oi, valorizada em R$ 5,68 bilhões, foi aprovada pelos credores, prevendo o pagamento da seguinte forma:
- R$ 4,99 bilhões em ações de emissão da V.tal;
- R$ 375 milhões a partir de créditos extraconcursais detidos pela V.tal contra a Oi;
- R$ 308 milhões em dação à Oi de debêntures.
Em setembro, segundo informação divulgada pela Oi, a ClientCo detinha uma carteira de 4,3 milhões de clientes de fibra em 296 cidades. No segundo trimestre de 2024, a operação registrou uma receita de R$ 1,094 bilhão.
A venda da ClientCo para a V.tal já havia recebido sinal verde do Cade em novembro, pelo que, estava dependendo apenas da aprovação regulatória da ANATEL.
Com a aprovação do CADE e da ANATEL é esperado que o fechamento da transação ocorra ainda em dezembro.
Implicações Futuras
Em setembro, Mateus Bandeira – à época CEO da Oi – afirmava: “Com a venda da ClientCo completamos mais uma etapa do nosso Plano de Recuperação Judicial e seguimos no processo de transformação operacional da companhia. A Oi manterá suas atividades no segmento corporativo e empresarial, com serviços de conectividade e TIC através da Oi Soluções”.
A participação da Oi na V.tal é outro dos ativos previstos para venda no Plano de Recuperação Judicial aprovado. Além disso, a participação da Oi na V.tal está registrada como garantia dos novos bonds e debêntures emitidos. O plano prevê que o destino do valor resultante da venda da participação na V.tal seja o pagamento de dívida.
Nota: As informações publicadas são opiniões, interpretações e estimativas, podem não ser exatas ou corretas e não devem ser tomadas em conta para qualquer ação ou decisão de investimento. As informações oficiais devem ser procuradas junto da empresa e das autoridades competentes.
