Segunda-feira, dia 1 de julho, termina o prazo para a escolha das opções de reestruturação pelos credores da Oi.
Com o encerramento do processo de escolha, com início em 31 de maio e duração de 30 dias corridos, ficaremos sabendo quem serão os financiadores dos USD 500 milhões de dólares norte-americanos que irão reforçar o caixa da companhia, conforme previsto no plano de recuperação aprovado pelos credores e homologado pela justiça. Esse montante, que poderá ser no mínimo de USD 500 milhões e no máximo de USD 505 milhões, virá dos credores que optarem pela Opção de Reestruturação I.
Os credores da Opção de Reestruturação I deverão ser constituídos pelo grupo adhoc que financiou o DIP e que é composto por grandes fundos financeiros internacionais. A Oi celebrou um acordo com estes credores, pelo que, o financiamento de USD 500 milhões está garantido. Além dos grandes fundos, algumas dezenas de pequenos bondholders deverão aderir a esta opção, porém, terão um peso muito reduzido no total dos créditos da opção.
Os credores da Opção de Reestruturação I, que farão o aporte no Novo Financiamento, terão parte de suas dívidas convertidas em nova dívida – bonds Roll-Up, no valor total de R$ 6,75 bilhões e com vencimento em 31 de dezembro de 2028 (com possibilidade de extensão de uma parcela até 2030), e o restante convertido em ações da companhia através de um aumento de capital que entregará até 80% do capital social da Oi aos credores. Os atuais acionistas ficarão com cerca de 20%.
O prazo para os credores disponibilizarem o novo financiamento, após o encerramento do prazo de escolha da opção, é de apenas alguns dias, pelo que, o Novo Dinheiro (New Priority Notes) deverá entrar no caixa da Oi muito em breve. Parte deste novo financiamento virá da conversão do crédito DIP, pelo que, não resultará necessariamente em dinheiro novo, mas na conversão do crédito DIP nas condições das novas notes com prazo de pagamento em junho de 2027.
Recordamos que o valor total do Novo Financiamento aprovado no plano será de até USD 655 milhões com USD 150 milhões financiados pela V.tal/BTG.
Além do novo financiamento e da reestruturação da dívida, o plano aprovado pelos credores e homologado pela justiça, prevê a venda dos principais ativos da companhia como a ClientCo (unidade de fibra da Oi), a venda da participação na V.tal e imóveis. Após venda destes ativos, a Oi centrará sua atividade no negócio B2B, a Oi Soluções.
Nota: As informações publicadas são opiniões, interpretações e estimativas, podem não ser exatas ou corretas e não devem ser tomadas em conta para qualquer ação ou decisão de investimento. As informações oficiais devem ser procuradas junto da empresa e das autoridades competentes.
