Novo Futuro para a Oi? Acionista com mais de 5%

Com a subida do valor das ações (OIBR3 OIBR4) nas últimas semanas, os acionistas da Oi ganharam esperança de que uma reversão da situação da companhia é possível.

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Segundo comunicado ao mercado realizado ontem, 21 de fevereiro, pela Oi, a Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA, gestora de fundos de investimentos, aumentou sua participação acionária e passou a deter 33.100.000 (trinta e três milhões e cem mil) ações ordinárias, representativas de 5,14% do total das ações ordinárias da Companhia.

Conforme informado, o novo acionista anuncia as seguintes intenções:

  • Trata-se de um investimento, que tem a intenção de contribuir junto a empresa, autoridades, reguladores, poder judiciário do Rio de Janeiro, credores e a estrutura administrativa da empresa, em uma ampla solução para o soerguimento dessa relevante instituição de serviço público em todo o território nacional.
  • Trata-se de um investimento minoritário, sendo certo que a aquisição não altera a composição do controle ou especificamente a estrutura administrativa da Companhia. Informamos que, temos a intenção de contribuir para melhoria na estrutura administrativa da Companhia.

A notícia de um novo acionista com mais de 5% das ações ordinárias da Oi (OIBR3) chega a poucos dias da assembleia geral de credores, agendada para dia 5 de março no Rio de Janeiro.

O novo acionista expressa claramente sua intenção de contribuir para uma solução para o soergimento da empresa. Com este comunicado cresce a expectativa de que uma solução alternativa ao plano apresentado pela atual administração possa surgir.

O curto comunicado permite entender que a solução que poderá estar sendo cogitada pelo novo acionista será manter uma empresa com dimensão nacional, o que representa uma solução bem diferente da redução da empresa proposta pela atual administração, com a venda de seus principais ativos. O acionista, segundo informa, pretende ainda uma solução envolvendo empresa, autoridades, reguladores e poder judiciário.

É inacreditável que após venda da V.Tal, a empresa assuma agora que a Oi Fibra – seu principal negócio – registre prejuízo de R$ 600 milhões ao ano.

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Plano de RJ Não Agrada a Ninguém

A última versão do plano de recuperação da companhia parece não agradar a ninguém. Para os acionistas da empresa representa o fim de toda a estratégia da Nova Oi, sustentada no negócio de fibra, com a venda dos dois principais ativos que a empresa ainda detém: a ClientCo – unidade de negócio de fibra e a participação que ainda resta na V.Tal. A empresa resultante seria pequena e atuando apenas no negócio corporativo (B2B), onde atualmente atua através da Oi Soluções.

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Para os credores o plano parece também não agradar. Para uns implica perdas que podem chegar a 90% e tem cláusulas tão absurdas como pagamentos em mais de 20 anos, mas que a empresa pode quitar em qualquer momento – mesmo no dia anterior ao vencimento – pagando apenas 15% ou 20% do valor da dívida. As melhores condições seriam oferecidas aos credores que aportassem dinheiro num Novo Financiamento, porém, mesmo esses parecem não estar satisfeitos com a solução.

Nota: As informações publicadas são opiniões, interpretações e estimativas, podem não ser exatas ou corretas e não devem ser tomadas em conta para qualquer ação ou decisão de investimento. As informações oficiais devem ser procuradas junto da empresa e das autoridades competentes.


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