Oi busca Comprador para Negócio de Fibra

A Oi comunicou hoje em fato relevante que o seu Conselho de Administração aprovou a contratação de dois bancos de investimento “para avaliar alternativas estratégicas que envolvam a monetização da UPI ClientCo”.

A UPI ClientCo é a unidade que detém o negócio de banda larga via fibra ótica da Oi, ou seja, o seu principal negócio e a aposta estratégica da “Nova Oi” que resultou do primeiro plano de recuperação judicial.

Os bancos contratados pela Oi para esse processo foram o Citigroup Global Markets Brasil, CCTVM S.A. como assessor financeiro líder e o BTG Pactual Investment Banking Ltda. como co-advisor.

O que refere o plano entregue em maio sobre esta possibilidade?

O plano de recuperação judicial aprovado pela companhia em maio prevê, além da venda da participação na V.tal, a venda da ClientCo. No laudo econômico-financeiro anexo ao plano é apontada a venda de 40% da ClientCo – a unidade de fibra da Oi.

Na página 22 do Laudo Econômico-Financeiro podemos ler: ” a Companhia projetou uma venda, em 2025, de 40% de participação na UPI ClientCo estimada em R$ 4,8 bilhões, no entanto, o PRJ não estabelece o percentual a ser alienado.” Ressaltamos que essa venda estava projetada apenas para 2025.

No fato relevante agora comunicado nada foi revelado quanto a uma venda da totalidade do negócio de fibra, uma venda parcial de 40% ou alienação de outro percentual.

Em caso de venda o que restaria?

A interrogação que fica é, no caso da venda total do negócio de fibra, o que sobrará da Oi? Pouco ou nada mais restaria além da Oi Soluções – a unidade B2B da companhia. Uma venda parcial, conforme projetado no laudo, em nosso entendimento, despertaria pouco interesse no mercado.

Nota: As informações publicadas são opiniões, interpretações e estimativas, podem não ser exatas ou corretas e não devem ser tomadas em conta para qualquer ação ou decisão de investimento. As informações oficiais devem ser procuradas junto da empresa e das autoridades competentes.


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