Oi: 1 Milhão de acionistas investindo no futuro do Brasil (e gente atrapalhando)

A história da recuperação da Oi é também uma história de aposta no desenvolvimento do Brasil. Com sua viragem estratégica para a implantação de fibra, a Oi levou a internet de banda larga a novas cidades em todo o país, contribuindo para o seu desenvolvimento e entregando um instrumento essencial ao crescimento economico, à cultura, à educação, à informação e ao entretenimento a milhões de lares e empresas por todo o Brasil.

Sem o enorme investimento de bilhões de reais realizado pela Oi nos últimos anos, milhões de famílias e empresas estariam ainda conectadas através de ligações de internet lentas, com impacto negativo no seu desenvolvimento e atividade. A Oi, com os muitos bilhões de reais investidos em fibra ótica, está entregando por todo o Brasil um instrumento essencial ao desenvolvimento e investindo no futuro do país. A Oi criou a maior rede de fibra ótica do Brasil com mais de 400 mil km.

A conetividade de alta velocidade é hoje uma prioridade para o futuro no mundo desenvolvido. Como exemplo, uma matéria publicada pelo Banco Mundial que ressalta que a conetividade digital beneficia a produtividade das empresas e dos trabalhadores, assim como, beneficia o crescimento dos salários e o emprego. A união europeia definiu uma estratégia digital para esta década com a seguinte missão: “A Europa tenciona capacitar as empresas e as pessoas num futuro digital centrado no ser humano, sustentável e mais próspero.” Entre as ações do bloco europeu está levar conexões de alta velocidade, com 1 gigabit, a todas as escolas.

A nova Oi está contribuindo, inequivocamente, para o crescimento e o futuro do Brasil, promovendo a massificação do acesso à internet e o aumento da inclusão digital, mas não tem faltado quem atrapalhe.

Apesar deste contributo essencial da nova estratégia da Oi para o desenvolvimento do país, os mais de um milhão de acionistas CPF que estão investidos na empresa, não têm tido uma vida fácil às mãos das autoridades governamentais e regulatórias.

Uma empresa de telecomunicações em recuperação judicial, que mudou completamente a sua estratégia e que passou a apostar em algo essencial e positivo para o futuro do país, ajudando a recuperar o atraso do Brasil nesta área, merecia agilidade das várias autoridades, mas não foi isso que aconteceu.

Vale a pena recordar alguns dos problemas que foram surgindo ao longo do processo de recuperação judicial:

Importa ainda ressaltar que parte da receita de venda de ativos se destinou a quitar a dívida de R$ 4,6 bilhões com o BNDES – um banco público.

Entre as grandes, a Oi é a única telco de dimensão nacional de base brasileira. Além disso, é impressionante o número de acionistas CPF que acreditaram na empresa e que somam bem mais de 1 milhão. No entanto, os últimos tempos têm sido atribulados para esta multidão de pequenos investidores. Em 2022 as ações da Oi desvalorizaram mais de 70% e, com as desvalorizações que estão ocorrendo no início deste ano, o cenário só piorou.

Apesar da contribuição inegável da nova estratégia da Oi para o desenvolvimento do país, a falta de agilidade das autoridades governamentais e regulatórias tem contribuído para as dificuldades da Oi e para a redução da sua capacidade de investimento e crescimento. Perde a Oi, perdem os acionistas e perde o país.

Esperamos que o novo governo reconheça o interesse estratégico da Oi para o Brasil e contribua para agilizar os temas que têm dificultado a vida da empresa. Não é preciso ajudar, basta não atrapalhar.

Nota: As informações publicadas são opiniões, interpretações e estimativas, podem não ser exatas ou corretas e não devem ser tomadas em conta para qualquer ação ou decisão de investimento. As informações oficiais devem ser procuradas junto da empresa e das autoridades competentes.


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